Muitos acreditam que os animais sentem apenas o que faz parte do seu instinto de sobrevivência.

Você acha que seres capazes de se organizar, orientar e conviver, são tão diferentes de nós?

Quando nos referimos à sentimentos, estamos falando de amor, medo, felicidade e tristeza, não apenas sobre dor, fome, frio e calor.

Sentimentos

A capacidade de ter sentimentos de forma consciente é denominada senciência.

A palavra senciência não deve ser confundida com sapiência, que significa sabedoria.

Charles Darwin, o precursor da biologia moderna, defendeu que a diferença da mente humana para a dos animais não humanos é apenas em grau, não em gênero.

Assim como nós, os animais sentem dor, solidão, angústia, medo, afeto, raiva e alegria.

Basta observar o amor de uma mãe por seu filhote, o pavor de animal em perigo, ou mesmo nossos pets quando chegamos em casa, para perceber que os sentimentos estão ali!

Direitos

Aceitar que os animais possuem consciência, implica em reconhecer que eles devem ter assegurados os direitos fundamentais à vida e à dignidade.

Em alguns países como a França, Áustria e Nova Zelândia, os animais já estão no patamar de seres sencientes, ou seja, judicialmente eles já foram retirados da condição de coisa.

Infelizmente, no Brasil os animais ainda são considerados posse dos seres humanos.

Hoje, tramita em nosso Senado Federal a lei de nº 351/2015, que visa incluir no Código Civil a seguinte norma: “animais não serão considerados coisas”.

A lei, que aguarda aprovação desde 2015, ainda garante direitos fundamentais como alimentação, liberdade e integridade física dos animais.

Reflexão

Mas, se todos sabemos que animais sentem, qual o motivo para haver leis?

A natureza humana tende à diminuir tudo o que é diferente, por isso precisamos de leis que façam valer os direitos dos que não podem clamar por sua vida.

Veja o exemplo da escravidão, onde o homem branco simplesmente definiu que sua vida valia mais do que a de alguém com coloração diferente da sua.

Assim como havia na escravidão, há muito dinheiro que provém da exploração animal.

Imagine o que aconteceria com os zoológicos, aquários e parques se todos entendessem os direitos animais e parassem de frequentá-los.

Ao registrar que animais têm direito à vida e à dignidade, também encerram-se as chances deles acabarem como bolsas e calçados nas ruas, o que desagrada a indústria.

Conclusão

Sabemos que é errado que um animal seja maltratado e exposto como um quadro em um museu, mas permitimos que esse massacre continue acontecendo perante nossos olhos.

A grande verdade é que escolhemos não sentir à dor dos que sentem, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm a vida esvaída perante nossos olhos.

Escolhemos não enxergar que eles têm uma família, que interagem e amam ela.

Claro que os animais possuem sua própria forma de inteligência, sua própria forma de sentir, mas isso não significa que ele não sinta.

Seu modo de comunicação e organização social é diferente do nosso, porém, não deve ser considerado menos importante.

Temos que aceitar a importância de toda e qualquer vida!

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