Há mais de 60 anos uma brava cadelinha foi mandada ao espaço. Seu nome era Laika.

Ela foi a responsável por uma revolução na exploração do espaço!

Laika

No ano de 1957, quando o homem começou a ousar visitar o espaço, a cadela Laika foi enviada para uma missão muito especial: Saber se a vida sobreviveria em órbita.

Infelizmente, essa foi uma viagem apenas de ida, pois Laika não retornou da sua exploração. Porém, seu sacrifício não foi em vão! Sua viagem foi a precursora das explorações espaciais, abrindo caminho para tudo que conhecemos nos dias de hoje.

Laika vivia solta nas ruas de Moscou, pesava aproximadamente seis quilos e tinha cerca de três anos de idade quando foi capturada pelo programa espacial soviético.

Era a queridinha dos cientistas, sendo chamada de Kudryavka (crespinha), Zhuchka (bichinho) e Limonchik (limãozinho). Laika ganhou o nome “mais sério” apenas para participar da missão.

Por que enviá-la ao espaço?

Pode parecer ter sido um ato cruel, mas não haveria como assegurar a vida humana em uma viagem sem que antes fosse realizado uma tentativa com alguma forma de vida.

Antes do Sputnik 2, que levou Laika ao espaço, americanos e soviéticos já haviam colocado espaçonaves com vida nas camadas suborbitais da Terra, mas jamais haviam conseguido romper essa barreira.

Como na época não havia tecnologia para trazer o satélite de volta à Terra, os cientistas tiveram de encontrar uma alternativa inteligente à vida humana, ou seja, um cão.

A escolha

Em se tratando de um pequeno satélite, seu ocupante não poderia pesar mais que 7 kg. Além disso, após uma longa discussão, os cientistas optaram por escolher um SRD, pois ele seria mais resistente à viagem.

Também se decidiu que deveria ser uma fêmea, o que facilitaria o acoplamento do sistema sanitário. Com isso, três cadelas foram selecionadas para a final: Albina, Mushka e Laika.

Albina era uma veterana que já havia participado de dois voos suborbitais, o que acabou à desclassificando por estar desgastada fisicamente.

Mushka era inteligente, porém muito rebelde.

Por fim, Laika foi selecionada por sua docilidade, inteligência e fácil adestramento.

Erro fatal

Como não conseguiria retornar à Terra, o plano era que Laika recebesse uma substância letal assim que sua missão estivesse cumprida. Dessa forma, essa heroína partiria sem dor e sofrimento. Porém, o plano falhou.

O erro de cálculo dos cientistas ocasionou uma falha no sistema de controle térmico da nave, o que gerou um superaquecimento da cabine. Para desespero de todos, Laika não suportou o calor e faleceu cerca de sete horas após o lançamento do Sputnik 2.

Durante anos, a agência espacial soviética escondeu a verdade, pois temia a reação das pessoas ao saberem da morte de Laika.

Em todos os jornais, saiam informações de que Laika sobrevivera bravamente por semanas. Com isso, Laika virou uma grande celebridade, estampando selos e até mesmo ganhando uma estátua.

Herança

Antes da missão, Laika recebeu implantes que passaram informações sobre sua respiração e pulsação durante a viagem. Dessa forma, a equipe pôde monitorar todas as alterações físicas que o espaço gera em um ser vivo.

Os erros cometidos pelos cientistas também fizeram com que recalculassem os dados e criassem a ejeção de emergência, o que salvou centenas de vidas nas missões posteriores.

Cerca de quatro anos depois, o cosmonauta Yuri Gagarin foi o primeiro homem ao viajar pelo espaço. Ele voltou com segurança à Terra, graças à bravura da SRD Laika!

Embora inúmeros animais já tivessem morrido em missões anteriores ao Sputnik 2, Laika foi a primeira à viajar sem esperanças de retornar à Terra.
Sua morte calculada desencadeou um debate mundial sobre os maus-tratos aos animais.

Curiosidade

Laika (em russo: Лайка), é o nome genérico para várias raças e misturas de cães de caça do norte da Rússia.

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