Quem tem um cão certamente já ouviu falar da sua grande vilã, a mortal cinomose.

Ela esta entre as doenças mais comuns e perigosas do mundo canino, sendo fatal em 90% dos casos.

Nesse artigo, falarei seus sintomas e o que fazer em caso de contágio.

Cinomose

A cinomose é uma doença extremamente contagiosa, transmitida pela inalação do vírus. Cães com acesso a rua podem se contaminar com o simples ato de cheirar as fezes ou a urina de um cão doente.

Se você costuma levar seu cão para parques, pet shops e clínicas veterinárias, muito cuidado!
Esses são lugares de alto risco caso seu cão não esteja com as vacinas e a saúde em dia.

Sintomas

A cinomose causa diversos sintomas simultâneos, sendo de difícil diagnóstico por leigos.

O vírus atinge vários órgãos como os rins, pulmões e, principalmente, o sistema nervoso.

O animal pode apresentar apatia, febre, perda de apetite, vômitos, diarreia fétida, secreção nasal e ocular, dentre outros. Já nos casos mais graves, a cinomose desencadeia problemas neurológicos como falta de coordenação, convulsões e paralisias.

Tratamento

Não existem medicamentos específicos para a cinomose, sendo seu tratamento sintomático. O animal recebe apenas tratamento de suporte, ou seja, condições para o organismo reagir.

Há expectativa de cura em apenas 10% dos casos, pois enfraquece o sistema imunológico, e o organismo acaba sendo atacado por outras bactérias.

A sequela da cinomose pode ser tratada com terapia de Células-Tronco. Leia aqui.

Prevenção

A única forma de prevenir essa doença é a vacinação. Porém, animais vacinados também podem contrair a cinomose.

Se o cão estiver com a imunidade baixa na hora da vacinação, seu sistema imune pode não ser capaz de produzir anticorpos contra o vírus da cinomose. Assim, o animal permanecerá desprotegido.

É imprescindível que ele seja vacinado por um médico veterinário, para avaliar se o animal apresenta alguma doença antes de receber a vacina.
Além disso, o reforço deve ser realizado anualmente, pois a V8 também protege contra outras doenças graves como hepatite, adenovirus, parainfluenza, coronavirose e a leptospirose.

Nunca vacine seu cão no balcão de uma agropecuária!

Muitas pessoas acreditam ser preconceito, ou mesmo uma forma de vender somente as importadas, mas vacinas nacionais que ficam em balcão de agropecuária não funcionam. Sim, você leu direito, elas não funcionam em 100% das vezes.

É como se estivessem injetando água no seu amigo. Pior que isso, muitas vezes o que tem dentro do frasco é uma substância que sequer pode ser aplicada.
Não coloque em risco a vida do seu cãozinho. Se não possui condições de vacinar com vacina ética, não tire seu cachorro do pátio.

Não sabe que vacina foi usada? Simples, pegue a carteirinha e verifique se há o carimbo de um médico veterinário abaixo de cada aplicação. Veterinários carimbam para garantir que a vacina foi aplicada corretamente. Caso não tenha carimbo e assinatura, ou não tenha carteirinha, leve hoje mesmo seu pet para o veterinário.

Lembre-se: Ele pode ter uma boa imunidade e ainda não ter sido contaminado, mas não terá sorte a vida toda.

Higiene

Além da vacinação, uma boa higiene também é necessária para evitar o contágio.

O vírus da cinomose sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido. Felizmente, ele é muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, como água sanitária. O uso de vassoura de fogo também é indicado para eliminação do vírus do ambiente.

Boato

Há um boato muito divulgado na internet sobre o fato do quiabo ser um remédio infalível contra a cinomose e a parvovirose, mas essa informação é falsa.

O tratamento é feito através de uma sopa feita com o alimento. Segundo o boato, seria também eficaz contra câncer e diversas doenças de pele.

Não acredite em tratamentos caseiros milagrosos!

Saiba Mais

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