Então você compra ou ganha um filhote e, após uns dias, ele desencadeia uma diarreia fétida com muco e sangue…

Parvovirose

Popularmente conhecida como “parvo”, a parvovirose é muito temida entre os tutores de cães. Se trata de uma doença fatal na maioria dos casos.

É uma doença que afeta praticamente apenas filhotes, pois eles possuem a imunidade mais baixa e, muitas vezes, ainda não completaram sua vacinação.
Sua transmissão acontece quando há contato direto com os excrementos de um cão contaminado, o que é muito comum em canis.

Sintomas da Parvovirose

Os sintomas dessa virose são febre, apatia, perda de apetite, vômitos e diarreia constante. A diarreia da parvovirose é bem característica, pois o animal solta as fezes em jatos de odor fétido, com muco e muito sangue.

Tratamento da Parvovirose

Assim como a cinomose, a parvo não possui tratamento específico, sendo apenas de suporte.

Por causa da diarreia, o cão acaba desidratando rapidamente, então o tratamento é feito com sais minerais, vitaminas e glicose. Por ser altamente contagiosa, o animal deve ficar internado em um isolamento.

Prevenção da Parvovirose

A única forma de prevenir essa doença é a vacinação. Porém, animais vacinados também podem contrair a parvovirose.

Se o filhote estiver com a imunidade baixa na hora da vacinação, ou seja, estiver doente, seu sistema imune pode não ser capaz de produzir anticorpos contra o vírus. Assim, o animal permanecerá desprotegido.

É imprescindível que o filhote seja vacinado por um médico veterinário, pois ele poderá avaliar se o animal apresenta alguma doença antes de receber a vacina.

Nunca faça isso!

Muitas pessoas acreditam ser preconceito, ou mesmo uma forma de vender somente as importadas, mas vacinas nacionais que ficam em balcão de agropecuária não funcionam. Sim, você leu direito, elas não funcionam em 100% das vezes.

É como se estivessem injetando água no seu amigo. Pior que isso, muitas vezes o que tem dentro do frasco é uma substância que sequer pode ser aplicada.
Não coloque em risco a vida do seu cãozinho. Se não possui condições de vacinar com vacina ética, não tire seu cachorro do pátio.

Não sabe que vacina foi usada? Simples, pegue a carteirinha e verifique se há o carimbo de um médico veterinário abaixo de cada aplicação. Veterinários carimbam para garantir que a vacina foi aplicada corretamente. Caso não tenha carimbo e assinatura, ou não tenha carteirinha, leve hoje mesmo seu pet para o veterinário.

Lembre-se: Ele pode ter uma boa imunidade e ainda não ter sido contaminado, mas não terá sorte a vida toda.

Higiene

Além da vacinação, uma boa higiene também é necessária para evitar o contágio.
O parvovírus é extremamente resistente e sobrevive mais de 6 meses no ambiente, sendo impossível o eliminar do solo sem matar toda a vida do local.

Se tiver perdido um filhote para a doença, aguarde no mínimo 8 meses para ter outro. Caso seja uma ninhada, separe os filhotes que não tenham sintomas em um local que os infectados não tenham tido acesso.

Para espaços interiores, lavagens profundas com lixívia são aconselhadas para limpeza dos lugares habitados por animais infectados.

Boato

Há um boato muito divulgado na internet sobre o fato do quiabo ser um remédio infalível contra a cinomose e a parvovirose, mas essa informação é falsa.

O tratamento é feito através de uma sopa feita com o alimento. Segundo o boato, seria também eficaz contra câncer e diversas doenças de pele.

Não acredite em tratamentos caseiros milagrosos!

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