Quem se recorda ao menos um pouco das aulas de história, deve lembrar que os gatos eram venerados como deuses no antigo Egito. Você sabe o motivo?

O amor pelos gatos no tempo dos faraós está registrado até os dias de hoje. Nas pirâmides, ainda podem ser vistos desenhos, escritos e estátuas em homenagem aos nossos amigos felinos.

O motivo

Toda a adoração egípcia por gatos tinha um fundamento: os ratos.

Os egípcios eram exímios agricultores e estavam sempre aprimorando plantações. Porém, junto com a fartura de comida, chegavam as pragas.

Milhares de ratos atacavam as plantações, destruindo e comendo o trabalho de anos, além de levar doenças mortais às cidades.

Já que os cães já haviam sido domesticados e não atendiam bem ao propósito, os gatos surgiram como que por milagre para resolver a situação.

Assim, os egípcios perceberam que, se mantidos por perto, os felinos salvariam a população local da fome e da peste. Os gatos, por sua vez, notaram que ficando junto aos humanos sempre teriam alimentos.

Após o extermínio dos ratos e outras pragas como os gafanhotos, os gatos foram considerados como protetores pelos egípcios.

Bastet

Sem muita demora, surgiu uma deusa com corpo humano e cabeça de gato, chamada Bastet. A deusa era a representação do amor materno, já que as gatas são ótimas mães, e trazia proteção aos lares.

A reverência era tanta, que mulheres pintavam os olhos para que parecessem com o olhar felino da deusa, o que traria prosperidade e fertilidade para suas vidas.

O inimigo do meu inimigo é meu amigo

Matar ou machucar um gato no antigo Egito chegou à ser sinônimo de pena de morte.
Os animais passaram a ganhar, inclusive, rituais fúnebres iguais aos dos humanos, sendo mumificados e enterrados como nobres.

Quando um gato morria, os moradores da casa em que ele vivia raspavam suas sobrancelhas em sinal de luto por seu guardião.

Fronteiras

Com o crescimento das lendas, o animal acabou ganhando fama além das fronteiras. Todos os países queriam a proteção dos gatos egípcios!

Gatos da raça Mau Egípcio foram exportados para diversos países. Porém, a exportação foi proibida e os gatos viraram um artigo de luxo, gerando contrabando à preços inimagináveis.

Mau Egípcio

Batalha de Pelúsio (525 a.C.)

Como tudo que é demais tem seu lado ruim, há o fato de que os egípcios perderam uma batalha por causa dos gatos.

Em uma disputa de poder, os Persas, sabendo da adoração egípcia pelos gatos, formaram um escudo com os bichanos à frente de suas tropas. Além disso, quando perceberam que perderiam para os arqueiros egípcios, arremessaram os felinos em sua direção.

Por não poderem atacar, já que não podiam machucar seres sagrados, os egípcios acabaram se rendendo.

Resultado da “guerra dos gatos”: O trono do Egito foi passado para o faraó Cambises II, do Império Aquemênida, marcando o início do primeiro Período Persa no Egito.

Batalha de Pelúsio (525 a.C.)

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