O mundo está apavorado com um novo vírus, o COVID-19! Ele se espalha depressa pelos continentes e faz cada dia mais vítimas fatais.

Nessas situações de pânico, é muito importante esclarecer que os animais domésticos não são transmissores dessa doença!

Coronavírus

O vírus ganhou esse nome por conta da sua forma, que é semelhante a uma coroa.
É importante deixar claros às pessoas que um vírus possui diversas cepas, e que cada cepa é responsável por uma gama de sintomas e gravidades diferentes.

Cepa é um grupo de descendentes com um ancestral em comum. Por exemplo, o H1N1 é uma cepa do vírus da gripe que ficou famosa por causar sintomas mais fortes, mas não passa de uma gripe. Aliás, assim como o COVID-19.

A doença nos gatos

A infecção por coronavírus em gatos é causada pelo coronavírus felino, conhecido como FCOV. É ele o responsável pela tão temida Peritonite Infecciosa Felina, a famosa PIF. A doença é encontrada no mundo todo e, infelizmente, é bastante comum em locais com grande concentração de gatos, como abrigos e gatis.

Os gatos afetados podem apresentar diferentes sinais clínicos, sendo o acúmulo de líquido no peritônio(membrana que envolve os órgãos abdominais) o mais comum, por isso é dado esse nome à enfermidade. Outros sintomas são a febre, a perda de peso, a falta de apetite, e até mesmo sinais neurológicos.

É uma condição clínica grave que requer cuidados e internação, mas não se trata de uma zoonose, visto que o vírus somente circula entre os felinos.

Infelizmente, não há vacina contra o FCoV.

A doença em cães

A Coronavirose, também denominada gastroenterite contagiosa, é considerada a principal causa de diarreia viral em filhotes. Esse sintoma tão expressivo, faz com que a coronavirose seja constantemente confundida com a terrível parvovirose.

Transmissão

A coronavirose é basicamente uma doença de cães, sendo comum em todo o mundo.

Sua propagação é muito rápida, já que os vírus são eliminados através da diarreia e do vômito, contaminando o ambiente e os outros cães. Ele também pode ser transmitido através do alimento, da saliva, ou mesmo pelas mãos contaminadas de quem manejou um cão infectado.

O ambiente e objetos dos pets são vetores da enfermidade, por isto, é importante isolar tigelas e brinquedos, além de esterilizá-los com produtos desinfetantes.

Felizmente, o vírus é sensível á desinfetantes comuns e, ao contrário do parvovírus, não resiste muito tempo no ambiente.

Sintomas

Como existe uma variação muito grande entre o vírus da coronavirose(várias cepas) a manifestação clínica também pode variar de cão para cão.

Geralmente, o sintoma mais apresentado é a diarreia em forma de jatos, que não apresenta muco ou sangue. Esses são os detalhes que a diferem da parvovirose, já que essa apresenta diarreia sanguinolenta.

Os cães contaminados apresentam náusea, apatia, anemia, perda de apetite e vômitos.

Tratamento

A maioria dos cães  se recupera sem ficar doente, ou após uma doença muito leve, que pode passar despercebida ao seu tutor.
Sabe-se disso pois a maioria dos cães adultos possuem anticorpos para a doença.

No entanto, os casos mais graves podem levar os enfermos á morte, principalmente em função da desnutrição e da desidratação que acompanham a coronavirose.

Para doentes, em especial os filhotes, o tratamento é feito através de administração de antibióticos e da soroterapia. A internação é feita somente nos casos graves.

Prevenção

A vacinação é sempre a melhor prevenção. Se o cão for vacinado aos 45 dias de idade com alguma polivalente, e renová-la uma vez por ano, não apresentará casos de coronavirose.

Recomenda-se a aplicação da vacina nas matrizes, uma vez que as mães transmitem imunização aos filhotes durante todo o período de amamentação.

Veja também

A diarreia do filhote apresenta sangue e muco? Saiba tudo sobre a parvovirose aqui.

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